O
Teatro do Clã vai voltar ao Uruguai. Pela segunda vez, o Clã recebeu convite do
país vizinho para apresentar a peça “O Rei Cego” e fazer um intercâmbio
cultural. Desta vez, o grupo de teatro de Montenegro participará do projeto
Huellas que acontece nos dias 20, 21, 22 e 23 de junho na Ciudad de Las Piedras,
juntamente com outros dois grupos, o teatro La Sala da cidade sede e o LyF da Argentina.
O projeto Huellas, que em
português significa pegadas, tem o objetivo de promover uma difusão de culturas
entre os participantes dos grupos dos três países, com a contribuição da
cultura regional de cada um a partir das suas atividades teatrais. O Teatro La
Sala, organizador do projeto reforça as propostas do projeto que também são a
projeção do teatro na cidade, com apresentações nos subúrbios do Uruguai, em
cidades próximas e a promoção de trocas de experiência entre os atores e o
público, permitindo mais oportunidades de diálogo.
A programação do Huellas
vai contar com apresentações de shows musicais, mesas redondas e apresentações
dos grupos de teatro. Uma das atrações mais esperadas no Huellas é o workshop
com a cantora, atriz, escritora e dramaturga argentina, Luisa Calcumil. A
artista renomada na Argentina e já reconhecida na América Latina, além de
mediar o curso também vai apresentar seu show “Folil”, uma proposta que utiliza
a narrativa dos elementos materiais e espirituais da sua cultura mesclando-a a
fragmentos teatrais e música.
Em 2010, o grupo estrou sua
peça O Rei Cego no país vizinho, participando da Mostra Internacional de Teatro
de Canelones. “Estreamos no país vizinho com uma peça falada em português e,
para nossa surpresa, as crianças se encantaram mesmo não compreendendo bem o
texto”, relata Tuti. Além das apresentações em escolas O Rei Cego também foi apresentado
para um júri especial. O retorno, segunda a atriz, foram muitos aplausos e
dicas de como melhorar o processo e o fazer teatral.
“Desde a viagem ao Uruguai
passaram-se mais de 100 apresentações da peça. Com a aprovação do Projeto Rei
Cego no Fumdesc (Fundo Municipal do Desenvolvimento da Cultura de Montenegro)
conseguimos viabilizar a construção da base dos elementos necessários para
contar o Rei Cego, como cenário, figurino e a parte musical da peça”, comenta
Cassiano Azeredo, diretor da peça
Após quase 3 anos da
primeira ida ao país, desta vez as expectativas são ainda maiores. “Acredito
que teremos dois momentos importantes nessa viagem. Enquanto grupo, ouviremos o
retorno das pessoas que viram o “embrião” do espetáculo e verão agora, num
momento mais maduro de trabalho. Outro momento será individual, onde cada ator
irá enriquecer seu repertório com as oficinas que iremos participar e com os
espetáculos que assistiremos”, espera Tuti.
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